E porque se fala por aí do regresso de governos de esquerda, convém lembrar que:
o projeto, assinala, poderia sustentar-se economicamente por si próprio.
Já Mário Lino, disse que
“Andaríamos nos 11 mil milhões de euros e a participação do Estado seria qualquer coisa como 40%”, declarou.
E é isto. Duas declarações que servem para perceber duas coisas:
Em primeiro lugar, não estamos onde estamos por corrupção com diz Paulo Morais ou porque Sócrates tivesse sido desonesto. Estamos onde estamos porque há quem, honesta e genuinamente acredite que o TGV teria alavancado a economia e que “havia dinheiro”. Estes senhores, aliás, ganharam eleições com este discurso. Duas vezes. Gastaram na Parque Escolar, nas SCUT, nas PPP, endividaram o país para lá do suportável porque ia ser bom.
Em segundo lugar, percebemos também que é a isto que voltaremos se o PS pegar no país de novo. O discurso de Seguro sobre políticas de crescimento ou políticas activas de emprego vai redundar de novo em despesa pública. A que, como diz Ana Paula Vitorino, se financia a si mesma, claro. Nada dos disparates e erros de cálculo do passado.
Michael,
Não precisamos de esperar por “o PS pegar no país de novo”.
Com o Governo actual o socialismo só não vai a galope porque a troika tem os arreios nas mãos. Mas vai a bom trote, com o incentivo também dos ministros do CDS.
Eu nesse campo só posso subscrever as palavras do Adolfo Mesquita Nunes, quando ele escreveu na declaração de voto que: “O Orçamento de Estado apresentado pelo Governo não contribui para a superação do modelo socialista de desenvolvimento que, mais coisa menos coisa, temos seguido nas últimas décadas e que, em minha opinião, é responsável pela circunstância de Portugal estar, pela terceira vez na sua História recente, sob intervenção externa.”
Caro Michael,
É uma mistura dos dois: é verdade que o dinheiro se gastou porque havia apoio popular para isso mesmo. Mas a forma dos contratos e as condições não são o que são por apoio popular – existe uma notória acção lesiva contra o Estado por parte dos agentes do Estado que negociaram estes contratos.
É importante não misturar os dois: o primeiro, por mais prejudicial que seja, é legítimo. Compete-nos a nós (e a ti) mudar a mentalidades das pessoas.
O segundo é absolutamente ilegítimo e imoral, pelo que deve ser alvo de acção não só política mas judicial (e em caso de impossibilidade desta, alterações legais para minimizar a probabilidade de acontecimentos similares no futuro).
[…] de um novo aeroporto, só por si, geraria actividade económica. Mas isso já são outros 500. E a Portela continua aí para se […]